Mário Marcos - Mensagens de signatários do manifesto "Em nome da Verdade", de 1976
Há momentos da vida em que não dá para se omitir. Aquele foi um deles. Todos nós sabíamos, no ambiente de Redação, que o Herzog tinha sido assassinado. Quando surgiu a ideia de assinar o manifesto, não tive dúvidas. É algo que me orgulha profundamente. Eu tinha 27 anos, apenas entrando no meu sexto ano de jornalismo, em plena ditadura e com a presença diária de censores na Redação da Folha da Manhã, antigo jornal de Porto Alegre, mas não tive dúvidas em assinar. Não lembro mais como a lista surgiu, de quem foi a iniciativa, mas tínhamos um ambiente crítico e politizado na época e não podíamos nos omitir. Aliás, as redações eram assim naquela época, com raras exceções. Muito críticas, muito participativas. É uma lembrança do passado que volta para me deixar orgulhoso, de ter o nome nesta lista de 1.004 jornalistas brasileiros. Não me perdoaria se não tivesse assinado.
12/10/2020.
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