24/09/2020

Perdeu o Congresso da Abraji? Ainda dá tempo de assistir!

Os desafios da cobertura em 2020

Desde que foi desafiada pela Abraji, em 2010, a colaborar com a cobertura de seus congressos internacionais, a OBORÉ tem se dedicado a, anualmente, organizar as atividades da Redação-Laboratório e gerenciar todas as etapas preparatórias de forma colaborativa.

A partir de um edital anual, estudantes e recém-formados que, necessariamente, tiveram passagem pelo Repórter do Futuro, manifestam interesse em participar da cobertura e passam por uma etapa de formação especifica. Junta-se a eles um time de jovens jornalistas e professores para planejar e orientar o grupo nas diversas etapas de produção e publicação das notícias.

Essa complexa empreitada ajuda a estimular a iniciativa, criatividade e o desenvolvimento dos estudantes e, simultaneamente, o sentido de disciplina, cooperação, respeito rigoroso a prazos e acurácia informativa.

Em um blog vinculado ao site oficial da Abraji, redatores, editores e diretores da redação alimentam, em tempo real durante os dias de Congresso, as notícias e reportagens especiais realizadas nas últimas dez edições.

Em 2020, por conta das restrições sanitárias impostas pela pandemia do coronavírus, o Congresso migrou para formato remoto, exigindo novas lógicas na produção e no gerenciamento da cobertura. Para dar conta dessa nova realidade - complexa e sem modelos testados que nos pudessem servir de inspiração – a OBORÉ optou por criar um intelectual coletivo a fim de estudar cenários e estratégias possíveis para ancorar a cobertura.

Um grupo de 15 jornalistas egressos do Repórteres do Futuro foi convidado a participar de reuniões conceituais e sugerir estratégias de funcionamento dessa ‘nova redação’: Giulia Afiune, Luana Copini, Priscilla Kesselring, Paola Perroti, Rafaela Carvalho, Raquel Brandão, Ricardo Rossetto, Rafael Sampaio, Stéfanie Rigamonti, Leandro Melito, Caroline Oliveira, Mélanie Layet, Tiago Angelo, Ruam Oliveira e Augusto Oliveira. Foram quatro meses de reflexões e discussões sobre como responder a esse novo desafio.

Nesse período, organizamos encontros com conselheiros do Projeto - como a educadora Ausonia Donato, coordenadora pedagógica do Colégio Equipe, e o jornalista, professor e pesquisador André Deak - para tratar da importância da pesquisa, discutir a elaboração de textos e pensar formatos novidadeiros para dinamizar as mídias sociais. Reunimos 41 estudantes e recém formados inscritos no edital da Redação deste ano para socializar as propostas e testar os fluxos de produção de conteúdos para o blog e as redes. Criamos um manual de redação para normatizar os textos. Reunimos um núcleo de arte que, explorando aquarelas, ilustrações, fotos, charges e vídeos, viabilizou a criação de cards para postagens em várias plataformas. Montamos o organograma da Redação, a escala dos repórteres e editores de acordo com a programação do Congresso, o fluxograma das tarefas e, por fim, o tutorial da nova Redação desses novos tempos com 63 voluntários dentre estudantes, recém-formados, jornalistas e veteranos coordenadores.

O resultado pode ser conferido aqui.

Sobre o Projeto Repórter do Futuro

O Projeto Repórter do Futuro foi criado pela OBORÉ, em 1994, para oferecer alternativas de autodesenvolvimento a estudantes universitários da graduação que querem aprofundar o conhecimento e a prática da reportagem - a alma do jornalismo.

Desde então, dedica-se a conceber e organizar atividades de complementação universitária como cursos temáticos modulados, viagens de estudos e reportagens, ciclos de cinema, rodas de conversa com profissionais consagrados, entrevistas exclusivas e redações-laboratório.

Nesses 25 anos, desenvolveu metodologia própria de prática reflexiva nos seus diversos cursos modulados, adotando como pilar didático o que hoje é denominado Sala de Aula Invertida: pesquisa prévia sobre o tema e o palestrante, Conferências de Imprensa seguidas de Entrevistas Coletivas, produção textual e acompanhamento individual feito por professores e profissionais que integram sua Coordenação Pedagógica. Ao final, coloca-se sempre o desafio para que essa produção jornalística – seja impressa, audiovisual, multimídia ou transmídia - consiga veiculação nos meios de comunicação que constituem o chamado mercado de trabalho.

A iniciativa, que já mobilizou mais de 1.200 estudantes e jovens jornalistas, conta com o apoio das coordenações dos principais cursos de jornalismo da cidade de São Paulo, organizações expressivas da sociedade civil, profissionais de ponta do jornalismo e a participação de lideranças comunitárias, gestores públicos, especialistas, autoridades e personalidades do mundo político, acadêmico e cultural.

O Repórter do Futuro recebeu, em 2017, o Prêmio Contribuição ao Jornalismo oferecido pela Abraji.

Saiba mais aqui

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