14/02/2012

Estudantes entrevistam o assessor sindical João Guilherme Vargas Netto em conferência sobre Trabalho

Estudantes entrevistam o assessor sindical João Guilherme Vargas Netto em conferência sobre Trabalho
Em encontro do módulo Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter, alunos levantaram questões sobre o Bolsa Família e a imigração de latino-americanos para a cidade.
Trabalho e Renda foram os temas da terceira conferência de imprensa do módulo Descobrir São Paulo, Descobrir-se Repórter, do Projeto Repórter do Futuro. O assessor sindical e cientista político João Guilherme Vargas Netto foi o conferencista convidado. Ele atua no movimento sindical brasileiro há mais de 40 anos, foi dirigente do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e perseguido pela ditadura militar. O jornalista João Franzin, da Agência Sindical, foi o outro convidado do evento. Franzin contou sobre sua experiência na área, orientou e acompanhou o trabalho dos alunos ao lado de Milton Bellintani, coordenador pedagógico do módulo.
De acordo com Vargas Netto, no começo do século XX o Brasil era uma grande e desarticulada área rural. Em 1954, a população urbana ultrapassou a rural, o que representou um marco no processo de desenvolvimento do capitalismo brasileiro. “A partir daí, o crescimento econômico do Brasil foi expressivo, mas deformado: sem o exercício da democracia e com concentração de renda. Essa deformação se enraizou nas cidades”. Para o cientista político, o êxodo rural ilustra esse fenômeno. “Massas de pessoas vinham do campo e eram obrigados a ocupar as cercanias da cidade, os morros e as nascentes dos rios, porque o resto do terreno ou já estava construído ou sofria especulação imobiliária”.
De acordo com Vargas Netto, o cenário do Brasil atualmente é outro. “Vocês estão vivendo uma situação em que o Brasil possui crescimento econômico, distribuição de riqueza e democracia”, analisou. Para o cientista político, essa conjuntura favorável, aliada às marchas que o movimento sindical unificado fez para Brasília nos últimos 8 anos, permitiu o recente estabelecimento de uma política para a permanente valorização do salário mínimo. As novas regras definem que o valor seja reajustado de acordo com a inflação do ano anterior e com o crescimento do PIB de dois anos antes. “Assim, criou-se um mecanismo que valoriza o mínimo pelo menos no mesmo ritmo de crescimento que houve no país. Ou seja, isso desconcentra a renda” assinalou Vargas Netto, indicando essa conquista como uma importante vitória do movimento sind
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