Morre em São Paulo o jornalista Fernando Pacheco Jordão

Faleceu hoje, aos 80 anos, o jornalista Fernando Pacheco Jordão. Dono de uma carreira consistente no jornalismo, Fernando Pacheco começou como redator e locutor de rádio em São Paulo, no ano de 1957, na outrora Organização Victor Costa - que englobava as rádios Nacional, Excelsior e Cultura.

Ele também teve passagem como copidesque no jornal O Estado de S. Paulo, onde trabalhou com o jornalista Vladimir Herzog - de quem tornaria a ser colega quando foi contratado pelo Serviço Brasileiro para trabalhar na BBC em Londres no ano de 1964. Quando retornou ao Brasil, em 1968, o jornalista passou a atuar na TV Cultura, onde foi criador do telejornal “Show de Notícias”. Em 1974 passou a ser editor do Jornal Nacional da TV Globo e em seguida diretor do Globo Repórter.

Em 1975, ano em que Vladimir Herzog foi assassinado, Pacheco era o então Diretor do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo. Posteriormente escreveu o livro “Dossiê Herzog - prisão, tortura e morte no Brasil”, que atualmente está em sua sexta edição e constitui documento importante para a história do país.

Inspirado na trajetória rubusta e ética de Fernando Pacheco no jornalismo, Instituto Vladimir Herzog criou, em 2009, um prêmio voltado a estudantes universitários que seleciona propostas de pautas voltadas aos Direitos Humanos e viabiliza a produção de reportagens - o Prêmio jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão.

Além dos muitos amigos, o jornalista deixa três filhos, sete netos, e esposa, a socióloga Fátima Pacheco Jordão. O velório acontece hoje na TV Cultura (SP) até às 22h.

(Créditos foto: Instituto Vladimir Herzog)