Confira os destaques da 9ª Roda de Conversa do Prêmio Herzog
A Roda de Conversa com os ganhadores da 42ª edição do Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos ocorreu no último sábado, 24 de outubro. Nela, os jornalistas premiados comentaram sobre o processo de criação de seus trabalhos e debateram temas importantes como a valorização da profissão perante um cenário de ataque à Imprensa e a saúde mental dos profissionais em meio à pandemia da covid-19.
Como acontece desde a sua primeira edição, em 2011, a Roda foi mediada pelos jornalistas Aldo Quiroga, Angelina Nunes e Paulo Oliveira, com supervisão geral de Sergio Gomes, que idealizou a atividade como um dos módulos do Projeto Repórter do Futuro voltado ao registro de como foram construídas as reportagens consideradas as mais importantes do jornalismo brasileiro. Anos depois, a prática foi incorporada ao Prêmio Herzog como um momento educativo voltado às novas gerações – os estudantes de jornalismo.
Um desfile de boas práticas
O evento começou com vídeos apresentando as matérias participantes e os bastidores dessas reportagens, além de uma discussão sobre a importância dessas produções jornalísticas para a sociedade. Sem seguida, reunidos em um mosaico de teleconferência, foram convidados um por um a comentarem seus trabalhos, opinando sobre temas que cabiam em suas respectivas pautas.
Novidade específica desta edição foi a entrega do Prêmio Vladimir Herzog Destaque Continuado, fora das categorias normais de premiação. Ele foi criado pela comissão julgadora do evento para reconhecer a mobilização de mais de 500 cartunistas do Brasil e do exterior em defesa da liberdade de expressão, ato contínuo à criminalização da charge “Crime Continuado”, de Renato Aroeira, pelo governo federal, quando invocou a famigerada Lei de Segurança Nacional. Durante a Roda, o artista reafirmou estar ali representando os 109 cartunistas que inscreveram suas produções na edição deste ano e que apoiaram o Movimento da Charge Continuada #somosotodosaroeira.
Tradição e resistência
O Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos teve sua primeira edição em 1979 e reconhe trabalhos que valorizam a cidadania, a Democracia e os Direitos Humanos. Em 2020, foram muitas as instituições parceiras envolvidas na realização da Roda e da premiação. Além da Comissão organizadora formada por 14 instituições – Abraji, Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil (UNIC Rio); Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo; Conectas Direitos Humanos; Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP); Sociedade Brasileira dos Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom); Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional); Ordem dos Advogados do Brasil – Secção São Paulo; Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo; coletivo Periferia em Movimento; Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo, Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e Instituto Vladimir Herzog, - as atividades deste ano contaram com o apoio da OBORÉ, do Centro Acadêmico Benevides Paixão - BENÊ (PUC-SP), Centro Acadêmico Lupe Cotrim – CALC (ECA/USP), Centro Acadêmico Vladimir Herzog – CAVH (Cásper Líbero); Sindicato dos Professores de São Paulo (Sinpro/SP); Federação dos Professores no Estado de São Paulo (Fepesp) e Jornal da USP.
Acompanhe aqui a íntegra da 9ª Roda de Conversa
https://www.youtube.com/channel/UCx0eR7mqsX1mr3Z4fr2CQiA
