05/10/2004
Histórias de rádios comunitárias inspiram produção de vídeos
Para chegar em Guaribas, município de 4.356 habitantes no interior do Piauí, a 400 quilômetros da capital Teresina, só enfrentando estradas de terra em condições precárias. Ou de helicóptero. Entre as mais pobres do país, com renda per capita abaixo de R$ 50 e mais da metade da população analfabeta, a cidade foi escolhida pelo governo Lula, no início de 2003, como o ponto de partida do programa Fome Zero.
É lá que fica a Rádio Esperança FM – emissora comunitária reinvindicada pelos próprios moradores em pesquisa do Conselho Gestor do programa Fome Zero – implantada em março de 2003. Para a população, ter uma rádio só não era mais importante que ter água e comida. A gestão democrática começou já na escolha do nome: alguns moradores queriam Rádio Confusões, em homenagem ao Parque Nacional da Serra das Confusões, onde Guaribas está situada, e outros sugeriram Rádio Esperança, que acabou vencendo.
A história da emissora está contada no vídeo documentário Uma Esperança chamada Rádio, de Jessé Silva, realizado com o apoio da OBORÉ e do Governo do Piauí. O material acaba de ser editado.
Com apenas 15 minutos de duração, “Uma esperança chamada rádio conta a história do primeiro meio de comunicação da cidade de Guaribas e como ele modificou a vida da comunidade ajudando no desenvolvimento daquele município. É um documento a favor da rádio, verdadeiramente comunitária, e uma reflexão sobre a importância da comunicação para o controle social.”, diz Jessé na apresentação do vídeo.
Mas a Rádio Esperança não é a única a ganhar um documentário contando sua história e seu papel na comunidade. No último dia 16 de setembro, durante a Homenagem a D. Paulo Evaristo Arns, foi lançado também um vídeo sobre a Rádio Heliópolis, emissora comunitária parceira da OBORÉ, situada no bairro de Heliópolis, zona sul de São Paulo.
O material de 15 minutos foi realizado pelo Itaú Cultural, no âmbito do movimento Onda Cidadã. “É um projeto que apóia rádios que chamamos de cidadãs, ou seja, pode ser comercial AM ou FM, educativa ou comunitária, mas deve ser voltada à educação e à cultura”, diz Luis Celso Sobral, coordenador da área no Instituto, referindo-se ao movimento que teve início em setembro de 2003.
A Rádio Heliópolis completou seus 12 anos com programação marcada pela diversidade de assuntos e de ritmos. O vídeo traz entrevistas com ouvintes e narra brevemente a história da rádio – que nasceu de rádios-cornetas na comunidade. Conta, também, as histórias de garotos e garotas que despertaram para o papel da radiodifusão e acabaram virando programadores.
Em breve, os dois vídeos documentários estarão disponíveis nesta página.
Para mais informações, entre em contato pelo (11) 3214-3766.
O material de 15 minutos foi realizado pelo Itaú Cultural, no âmbito do movimento Onda Cidadã. “É um projeto que apóia rádios que chamamos de cidadãs, ou seja, pode ser comercial AM ou FM, educativa ou comunitária, mas deve ser voltada à educação e à cultura”, diz Luis Celso Sobral, coordenador da área no Instituto, referindo-se ao movimento que teve início em setembro de 2003.
A Rádio Heliópolis completou seus 12 anos com programação marcada pela diversidade de assuntos e de ritmos. O vídeo traz entrevistas com ouvintes e narra brevemente a história da rádio – que nasceu de rádios-cornetas na comunidade. Conta, também, as histórias de garotos e garotas que despertaram para o papel da radiodifusão e acabaram virando programadores.
Em breve, os dois vídeos documentários estarão disponíveis nesta página.
Para mais informações, entre em contato pelo (11) 3214-3766.