08/08/2019

Repórter do Futuro lança módulo sobre Cinema e Jornalismo com exibição do clássico Todos os Homens do Presidente


No último sábado, 3 de agosto, o Projeto Repórter do Futuro realizou a primeira sessão do módulo Cinema e Jornalismo com a exibição de Todos os Homens do Presidente, de Alan Pakula (EUA, 1976). Participaram do encontro estudantes e profissionais do jornalismo, dentre os quais Ricardo Carvalho, Juca Kfouri, Aldo Quiroga e Oswaldo Luiz Colibri Vitta, que coordenou a sessão de debates.

A atividade, voltada para estudantes e recém formados em Jornalismo, será realizada mensalmente no Cine Garage Ponto de Encontros / Escritório Brooklin da OBORÉ.

Todos os homens do presidente

A exibição foi seguida de uma roda de conversa com mediação de Oswaldo Luiz Colibri Vitta, que comentou detalhes da produção, dos personagens e da trama. Lançado em 1976 - três anos após o escândalo Watergate - , o filme começou a ser produzido logo após a sequência de notícias que revelaram esquemas ilícitos na campanha presidencial dos EUA conduzida pelos republicanos e que provocaram a renúncia do entção candidadto vitoriosos Richard Nixon.

Os jornalistas responsáveis pela investigação do caso da invasão do edífico Watergate, Carl Bernstein e Bob Woodward, seguiram publicando reportagens sobre os escândalos, e em 1976 lançaram o livro “Os últimos dias” (The Final Days) abordando os desdobramentos das reportagens que antecederam a renúncia de Nixon.

Bernstein e Woodward continuam ativos no jornalismo. Em 2018, Woodward publicou o livro “Medo: Trump na Casa Branca” (Fear: Trump in the White House). Carl Bernstein publicou seu último livro em 2007, chamado “Uma Mulher no Comando: A vida de Hillary Rodham Clinton” (A Woman in Charge: The life of Hillary Rodham Clinton”) e é comentarista político na CNN.

Lições do passado para o presente

A atividade seguiu com uma discussão entre os presentes sobre os elementos do filme que ainda podem ser vistos no dia-a-dia da profissão de jornalista. Foram tratados métodos de anotações e gravações, cultivo de fontes, estudo e venda da pauta, entrevista e principalmente o estímulo a autonomia do repórter em ir atrás da história.

Também se discutiu a importância da figura do editor em reportagens de interesse público, a reação de agentes públicos denunciados, tentativas de censura, ameaças, estratégias de publicação das matérias e as vantagens de se trabalhar em dupla.

Colibri e Carvalho apontaram situações típicas da profissão baseadas em suas próprias vivências na reportagem. Ainda hoje, em um cenário de intensos ataques à liberadade de imprensa e de expressão, a relação direta com o poder e com fontes de informação de interesse público permanece sendo uma luta do jornalismo.

"Jornalismo investigativo bem feito independe do momento histórico (...) Hoje, alguns veículos procuram fazer isso. É sempre importante você se apegar á história e tentar trazer isso para hoje”, disse Oswaldo Colibri. Os presentes também conversaram sobre as novas possibilidades de formatos de reportagens em circulação nas redes sociais, tais como comunicação integrada, podcasts, rádio, vídeo, documentário e fotos.



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