04/11/2004

Veja como foi a 1ª Reunião Constituinte da Mesa de Trabalho da AMARC em São Paulo


10 rádios e 15 entidades participaram da reunião

Mexeu com um, mexeu com todos. Foi esse o lema adotado pelo grupo que participou da 1ª Reunião Constituinte da Mesa de Trabalho da AMARC em São Paulo, no último sábado, dia 30. O objetivo é formar um grupo de trabalho permanente que atue em torno dos princípios da Associação Mundial das Rádios Comunitárias e a favor das emissoras de baixa potência na capital. Na condição de escritório paulista da entidade, a OBORÉ recebeu 10 emissoras de rádios e 15 entidades que lutam pela democratização da comunicação no encontro que contou ainda com a presença da presidente da AMARC no Brasil, Taís Ladeira.


Taís Ladeira, presidente da AMARC Brasil

“Esse encontro é muito simbólico para nós. A AMARC Brasil completa seus 10 anos e esse é um dos marcos. Todos estão aqui hoje como resultado de uma articulação maior puxada pela OBORÉ e é esse o espírito da entidade. Os encontros da AMARC são sempre propositivos e baseiam-se em ações e trabalho coletivo. Nós disputamos sempre pelos mesmos objetivos. Deixamos as armas para pegarmos nas ferramentas”, disse Taís Ladeira.

A AMARC nasceu em 1986 e tem estrutura jurídica de ONG internacional, com sede em Montreal (Canadá). Tem atualmente 3.000 membros em 106 países. “Não é entidade representativa, é de coordenação e promoção das rádios comunitárias”, esclareceu a presidente da entidade no País.

No Brasil, a AMARC existe há 10 anos e tem hoje 49 associados. “Não se discute potência ou alcance da rádio, mas princípios como a solidariedade e a fraternidade”, disse Taís. A associação desenvolve programas nas áreas de legislação e direito à comunicação, gestão, capacitação, gênero, novas tecnologias, produção radiofônica e tem ainda a Agência de Notícias Pulsar.

Assim como a AMARC América Latina tem sua estrutura de trabalho descentralizada, coerente com o contexto histórico em que foi criada, a AMARC Brasil tem suas peculiaridades e a mesa que ora se cria em São Paulo terá sua forma própria de ação, de acordo com a realidade paulistana.

Contexto peculiar

Nesse sentido, São Paulo vive hoje uma situação muito particular no cenário brasileiro da radiodifusão comunitária. Apesar das diversas iniciativas nessa área, não existe sequer uma rádio comunitária legalizada. Foi liberado o canal 198 pela ANATEL, mas ainda não houve um chamamento de modo que as emissoras pudessem encaminhar seus processos no Ministério das Comunicações.


Vereador Carlos Néder participou do encontro

O vereador Carlos Neder (PT) também participou da reunião. Ao lado do vereador Ricardo Montoro (PSDB), Néder é autor do Projeto de Lei 145/01, que define regras para a radiodifusão comunitária em São Paulo e já foi aprovado nas diversas Comissões na Câmara Municipal. A proposta é municipalizar a concessão das emissoras.

“É muito importante isso que está acontecendo aqui hoje. Eu acho que nós temos que ajudar a fortalecer os movimentos da sociedade civil brasileira, em nome da prática democrática, da cidadania ativa e da redução das desigualdades sociais. Temos que procurar articular esse movimento com outros da sociedade civil. Nesse sentido, é muito importante o fato de a AMARC permitir a associação de pessoas e entidades”, disse o vereador.

“Temos o papel de pautar cada vez mais a questão da reforma do Estado e qual o papel da presidênc

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