Congresso estadual reúne profissionais da saúde em Santos
Profissionais da área de saúde de diversas partes do país estarão reunidos, de 29 de setembro a 3 de outubro, no VII Congresso Paulista de Saúde Pública que acontece no Parque Balneário Hotel e Hotel Mendes Plaza, em Santos, São Paulo. Promovido pela Associação Paulista de Saúde Pública – APSP, o evento, que tem na OBORÉ um dos principais apoiadores, tem por mote o tema Saúde e Democracia e se desenvolve a partir de três eixos: Política, Serviços e Ciência e Tecnologia.
A previsão dos organizadores é que cerca de mil pessoas participem do Congresso que, além de palestras e mesas redondas, terá uma exposição de pôsteres sintetizando trabalhos e pesquisas realizadas nos mais diferentes segmentos da saúde: da sexualidade à saúde ocupacional, dos acidentes infantis às Políticas de Saúde.
Assim como os pôsteres, que estarão expostos até o final do evento, a exposição fotográfica “Cirurgia em Campo Aberto” que acompanha o lançamento do livro do mesmo nome, do jornalista Aureliano Biancarelli, também permanecerá aberta para visitação. Uma assembléia dos sócios da APSP, convocada para discutir a proposta de um novo estatuto para a entidade encerra a programação do dia 2.
Presidida por Paulo Fernando Capucci, que também preside o Congresso e responde ainda pela Coordenação de Desenvolvimento da Gestão Descentralizada – COGEST, organismo que gerencia a reestruturação do sistema de saúde em São Paulo, a APSP tem cerca de 900 sócios, na sua maioria profissionais da área de Saúde Pública e acadêmicos.
Além de pretender ampliar a atuação da APSP em todo o Estado, as modificações propostas para um novo estatuto visam a modificar as funções administrativas definindo os cargos por área de atuação, o que, segundo os diretores, aumentará a capacidade de gestão política da entidade.Hoje, os cargos são divididos de maneira mais técnico-administrativa (presidente, vice-presidente, etc).
Gestão privada - O Secretário Estadual de Saúde, José da Silva Guedes, que coordenou o painel “Política Pública e gestão privada: compatíveis com o direito à Saúde?”, afirma que o mérito do encontro é a grande quantidade de trabalhos científicos que vem a público. “São mais de 500 trabalhos que estão aqui apresentados permitindo a quem está na linha de frente, produzindo conhecimento, discutir com uma série de colaboradores. Isso é extremamente importante para o SUS”.
Sobre o tema do painel Guedes afirma que é possível ter um serviço estatal dirigido à população sendo operado por uma instituição privada. “Foi inclusive o que eu relatei sobre a experiência do governo do Estado que, de 1998 para cá já implantou 11 grandes hospitais, são mais de 3 mil leitos e estes hospitais na nossa avaliação, estão muito bem gerenciados por instituições que têm tradição na prestação de serviços à comunidade”.
Ele aponta como exemplos a Escola Paulista de Medicina, a Santa Casa de São Paulo, a Irmandade Santa Catarina, Irmandade Santa Marcelina, o Hospital Sanatorinhos, e o Seconci, Serviço Social da Indústria da Construção e Mobiliário.
Para Capucci, as modalidades de gestão não são importantes numa sociedade onde o cidadão tem acesso às informações e espaço institucional para controlar as medidas tomadas pelo governo. “Elas podem variar entre o público e o estatal desde que isso seja de interesse público e controladas pelo cidadão e suas organizações , tanto dentro do Estado, nos Conselhos de Saúde, quanto fora, nas diversas associações. Numa sociedade que caminha nessa direção, a modalidade de gestão entre público e privado não é o mais importante”.
No encerramento do Congresso, além da premiação dos pôsteres, está prevista uma homenagem ao médico sanitarista David Capistrano Filho, morto em novembro do ano passado vítima de complicações decorrentes de um transplante de fígado. Coordenador do Projeto Qualis/Programa Saúde da Família em São Paulo, ao lado do ex-ministro Adib Jatene, Capistrano, que foi pre