06/08/2003

Deu na Folha, finalmente!

Pela primeira vez, um jornal de circulação nacional fala da importância das redes de rádio no universo dos trabalhadores rurais. Com o título "Rádios rurais levam mulheres do campo a Lula", a colunista da Folha de S. Paulo, Laura Mattos, noticiou a realização no próximo dia 26, da 2ª Marcha das Margaridas, um movimento que este ano reunirá, em Brasília, cerca de 50 mil mulheres. Elas vão pedir ao presidente Lula urgência na reforma agrária.
 
A colunista destaca que a mobilização só é possível porque existem as rádios rurais, muitas vezes, dependendo da região, o único meio de comunicação presente no dia a dia de quem mora no campo. E fala, finalmente, do programa "A Voz da CONTAG", produzido pela OBORÉ para a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura. O programa é semanal e transmitido por 275 emissoras dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais e da Igreja Católica que integram a Rede de Rádios do Sistema CONTAG de Comunicação. Só faltou dizer que o programa está completando dez anos, sem falhar uma única semana!
 
A experiência será contada no Seminário "Comunicação a Serviço do Brasil Rural: Experiências, Dilemas e Perspectivas", na próxima segunda, dia 11, no Auditório Freitas Nobre do Departamento de Jornalismo da ECA/USP - Av. Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443 - Cidade Universitária - São Paulo. O evento é gratuito. Informações: (11) 3214.3766 - email: obore@obore.com Confira a programação: www.obore.com/seminario
 
Veja a íntegra da notícia:
 
OUTRA FREQUÊNCIA
 
Rádios rurais levam mulheres do campo a Lula
 
LAURA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
 
No próximo dia 26, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá enfrentar uma manifestação de trabalhadoras rurais reivindicando urgência na reforma agrária. A 2ª Marcha das Margaridas reunirá em Brasília cerca de 50 mil mulheres, de acordo com a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que organiza o ato.
 
Por trás dessa mobilização, está o poder das rádios rurais, muitas vezes o único meio de comunicação disponível no campo. Estações de FM, AM e ondas curtas têm programação especialmente elaborada para integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), assalariados de fazendas, agricultores familiares e pescadores artesanais. Entre uma música caipira e uma campanha de saúde, cultiva-se nesse dial a politização agrária.
 
Dentre os líderes, cresce a idéia da importância da formação de uma rede nacional rural. Atualmente, já são 275 emissoras transmitindo "A Voz da Contag", produzido pela empresa de comunicação Oboré, de São Paulo.
 
Por R$ 24 mensais, o CD com o programa é enviado às sextas-feiras às rádios, a maioria ligada a sindicatos. Também há transmissão em emissoras de igrejas, comunitárias e em horários arrendados de AMs e FMs comercias.
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