12/06/2003

Ministério já analisou 80% dos 4.400 processos de rádios comunitárias

"O objetivo do Ministério é fortalecer as rádios comunitárias como verdadeiro instrumento de democratização das comunicações no país". A frase foi dita mais de uma vez pelo Secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Eugênio Fraga, no encerramento do 1º Congresso Brasileiro de Radiodifusão Comunitária e Educativa / 7º Encontro Nacional de Rádios Comunitárias, ontem, em Atibaia (SP). O evento, promovido pela Associação Nacional Católica de Rádios Comunitárias - ANCARC - e pelo Setor de Comunicação Social da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, reuniu cerca de 180 pessoas de todo o pais, entre os dias 9 e 11 de junho.
 
Na secretaria comandada por Fraga estarão sendo analisados 4.400 processos de rádios comunitárias até o dia 2 de julho, de acordo com determinação do ministro das Comunicações, Miro Teixeira. Cerca de 80% desses requerimentos, segundo o secretário, já foram analisados pela Secretaria e encaminhados ao Grupo de Trabalho (GT)* que tem a função de avaliar e aperfeiçoar os critérios definidos pelo Ministério.
 
Acabada essa etapa, o Ministério tem a intenção de abrir novos avisos de habilitação e estabelecer um prazo de, no máximo, cinco meses para responder aos novos requerimentos. "Nós pretendemos fazer isso de uma forma gradual, contínua, privilegiando um número significativo de localidades sem comprometer a eficiência do Ministério. Essas localidades contempladas terão os processos analisados de uma forma bastante rápida e tão logo esses processos sejam encaminhados, outros novos avisos serão abertos", promete Fraga.
 
As rádios comunitárias de São Paulo, por ora, permanecerão em compasso de espera aguardando canais de radiofrequência que são definidos pela Anatel. A cidade de São Paulo faz parte de um grupo de 33 cidades do Estado excluídas do mapa do Ministério das Comunicações, pelo menos enquanto esses canais não forem definidos. "Fomos informados pela Anatel que estão sendo feitas gestões para disponibilizar canais para essas localidades e até o final do ano esperamos que essa situação esteja regularizada".
 
Fraga confirmou a nomeação do diretor executivo da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão - ABERT, Oscar Luiz Piconez, como o mais novo integrante do GT. "Sua indicação foi sugerida pela ABERT e  aceita, porque a política do Ministério é, antes de tudo, a transparência. Não é a presença de uma pessoa que representa um outro segmento que vai prejudicar a ação do Ministério nas políticas para as rádios comunitárias". A ABERT tem se manifestado publicamente contra as emissoras comunitárias através de campanhas publicitárias e causou surpresa sua presença no GT voltado para a radiodifusão comunitária.
 
*Fazem parte do GT, constituído em março último: o economista Carlos Alberto Resende (Ministério das Comunicações), Rubens Martins Amorese (Consultor legislativo do Senado Federal), o radialista Sebastião Correia dos Santos, o professor, Adair Leonardo Rocha, o professor José Carlos Rocga (presidente do Fórum Democracia na Comunicação), o jornalista Daniel Herz (diretor da Federação Nacional dos Jornalistas - FENAJ e Membro do Conselho de Comunicação Social), o professor José Sóter (membro da Coordenação Executiva do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação), o professor Ricardo Campolim (presidente da Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária - regional São Paulo),
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