29/05/2023

Laerte e Maringoni participam de encontro literário no Sindicato dos Professores e discutem desde os limites do humor aos desafios de produzir charges e quadrinhos nas redes sociais

Professores sindicalizados prestigiaram o evento nesta quarta, 24, e receberam gravuras da Coleção Voo Rasante autografadas por Laerte

“Entre traços e lutas - Uma conversa entre Laerte e Maringoni” integra a série de encontros promovido pelo Sinpro/SP. A edição deste mês, organizada em parceria entre a OBORÉ e o SinproSP, começou às 19h da quarta-feira, 24, e durou cerca de uma hora. Após a conversa, Laerte participou de sessão de autógrafos das gravuras da coleção Voo Rasante.

Celso Napolitano, presidente do Sindicato, mediou a conversa entre os cartunistas em tom descontraído. Da plateia, Sergio Gomes, diretor da OBORÉ, relembrou aos amigos de longa data parte da história da OBORÉ ao lado do sindicato dos trabalhadores, Celso, Larte, Maringoni e Sergio são protagonistas de lutas históricas do movimento sindical de trabalhadores e trabalhadoras no Brasil.

Foto: Da esquerda para direita: Laerte Coutinho, Celso Napolitano e Gilberto Maringoni. Daniel Paiva - SinproSP/ divulgação.

Há 50 anos produzindo desenhos em quadrinhos, desenhos e ilustrações, Laerte Coutinho teve passagem importante de sua carreira como cartunista na OBORÉ. Durante o papo, ela relembrou sua atividade profissional em veículos como Gazeta Mercantil e Placar, e falou ainda sobre a transformação no modo de divulgação de charges e quadrinhos com a chegada das redes. Os Piratas do Tietê, personagens emblemáticos na história da artista, e o filme “Laerte-se”, de Lygia Barbosa e Eliane Brum, foram outros temas da conversa.

“Eu tenho uma consistência facetada. Eu passei a ser muito mais conhecida depois que assumi a transsexualidade, isso foi um diferencial muito grande e se deu numa época em que a internet também estava dando um salto. O que está acontecendo na rede hoje, em termos de leitura de quadrinhos, cartoons e coisas assim é muito louco, eu não sei se consigo entender”, pontuou Laerte que também questionou o papel dos influencers digitais e a dinâmica dos seguidores nas redes.

Gilberto Maringoni, atualmente professor adjunto de Relações Internacionais na Universidade Federal do ABC (UFABC), é cartunista e escritor. Formado em arquitetura pela USP, já trabalhou para movimentos populares e sindical, foi chargista do Estadão, publicou quadrinhos e foi finalista do Prêmio Jabuti em 2012 com o livro “A imprensa ilustrada da Corte à Capital Federal”.

Durante a conversa, Maringoni ponderou os limites do humor, colocando em pauta a polêmica envolvendo Fábio Porchat na defesa do humorista Léo Lins, e a mais recente ação racista praticada contra o jogador Vini Júnior durante jogo da La Liga na Espanha. “Acho que o Fábio Porchat está errado, hoje não dá para passar pano para o racismo”, disse Maringoni.

A conversa foi bem animada e está disponível no canal do SinproSP YouTube | Assista!

Texto de Thaís Manhães.

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